O estrógeno e a progesterona são hormônios liberados pelos ovários. Após a ovulação, começa a fase lútea onde há aumento da progesterona e diminuição do estrógeno. A fase lútea termina com a menstruação e o ciclo recomeça com a fase folicular até a ovulação novamente.
A progesterona possui efeito “calmante” no cérebro porque atua no sistema gabaérgico. O neurotransmissor GABA é o mais inibitório do sistema nervoso central.
O estrógeno se relaciona com diversos neurotransmissores que estão relacionados com o humor, apetite, sono e cognição. O estrógeno seria um antidepressivo “natural”.
Os níveis de progesterona estão diminuídos na fase lútea e, por isso, não consegue conferir o efeito calmante como o esperado.
Há alterações nas estruturas cerebrais em mulheres acometidas pelo TDPM, principalmente em amidala (região relacionada com as emoções) e córtex pré-frontal (relacionado com os processos cognitivos).
Existe uma relação entre o TDPM e o transtorno do estresse pós-traumático (TEPT), nesse caso, as mulheres com TDPM têm chance maior de ter TEPT por serem mais reativas aos estresse.
Além disso, há uma grande associação entre o TDPM e as respostas inflamatórias. Aumento dos marcadores inflamatórios está relacionado com as doenças crônicas, incluindo depressão.
Tem o fator genético também, ou seja, se há outras pessoas na família com TDPM, a chance é maior de ter também. A herdabilidade da doença é de 30% a 80%.
Post baseado no artigo do NCBI.