Como você se sente no Dia das Mães?
Hoje é o Dia das Mães e a comemoração é quase certa. Quais sentimentos aparecem?
Os primeiros sentimentos costumam ser de felicidade, alegria, amor, gratidão, orgulho.
Mas quem nunca se sentiu incapaz, péssima mãe e culpa?
Aliás, existe uma famosa frase “nasce uma mãe, nasce uma culpa”!
Nasce uma mãe, nasce uma culpa!
A grande marca da maternidade é a ambivalência afetiva. Não importa se os filhos têm meses ou são crianças ou adolescentes ou adultos, a ambivalência sempre vem.
O que é ambivalência afetiva?
São sentimento contraditórios e que aparecem ao mesmo tempo.
A mãe está feliz, sente-se muito grata pelos filhos, sente o tal amor incondicional, mas também se questiona se está fazendo tudo certo, se consegue suprir as necessidades físicas e emocionais dos filhos.
Se acontece alguma coisa que a mãe não queria para os filhos vem logo o pensamento “Por que isso aconteceu? O que fiz de errado? Por que não percebi isso antes? Onde errei?” e em seguida a culpa.

No auge da exaustão física e emocional por cuidar dos filhos e se dedicar tanto a eles, vem a vontade de ter a vida que tinha antes da maternidade. Como era bom não ser responsável por uma criança, se dedicar a você mesma, chegar em casa e descansar, não ver desenho o tempo todo e nem saber de cor todas as musiquinhas infantis, dormir até tarde no domingo e comer besteira o quanto quisesse.
E de novo aparece a culpa, “será que não amo os meus filhos? Só tenho a agradecer e ainda sim reclamo?”.
Calma, se isso acontece com você é porque você é normal e está no caminho certo.
Nunca teremos o controle de tudo e nem nada na vida, com os filhos não será diferente.
Faça o melhor que você conseguir e se estiver difícil, divida suas angústias e medos com outras mães que te entenderão porque sentem as mesmas coisas.
Relaxe e perceba que você nunca irá suprir as demandas deles. Isso faz parte do desenvolvimento.
Des-Envolver
Primeiro nos envolvemos totalmente com os filhos, mãe e bebê são a mesma coisa, mas à medida que o tempo passar precisamos nos des-envolver, temos que nos distanciar um pouco para que eles sigam o seu caminho e aprendam como a vida é.
Enquanto escrevo esse texto, minha filha de 6 anos me interrompe o tempo todo, “Mamãe, quero chá”, “Mamãe, não gostei do chá, posso tomar o seu?”, “Vamos passear hoje?”, “Vamos fazer um bolo”?, “Como escreve banana?”.
Tento me dividir, escrevo um pouco, paro e dou atenção a ela. Provavelmente, levarei muito mais tempo para terminar o texto do que gostaria e não acho que ficará exatamente do jeito que quero.
Querida Dra Juliana, Feliz dia das Mães pra vc tb.
Realmente ,ser Mãe é uma caixinha de surpresa ,onde todos os dias somos capacitadas pra melhor desenvolver o nosso aprendizado de ser Mãe